O herdeiro das Casas Bahia Saul Klein, de 66 anos, foi acusado de estupro e aliciamento por 14 mulheres. Os crimes teriam ocorrido durante festas do empresário em sua casa em Alphaville desde 2008. As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
De acordo com a denúncia, as mulheres afirmaram que eram procuradas por aliciadores em redes sociais e outros canais, com uma falsa proposta de contratação para eventos realizados nas propriedades do empresário. Ao chegarem ao local, elas eram conduzidas a uma apresentação, na qual precisavam se exibir de biquínis ou roupa íntima para Saul.
Conforme a publicação, os eventos contavam com 15 a 30 moças, que eram forçadas a ficar o tempo todo de biquíni, realizar atos sexuais com o empresário, além de ingerir droga e serem obrigadas a se submeterem a consultas com médicos ginecologista e cirurgião plástico para se prepararem para os encontros. Na acusação consta ainda que as mulheres ganhavam documentos falsos e uma delas teria, inclusive, chegado a se suicidar.
Em nota à publicação, a defesa negou os crimes e afirmou que o empresário é um sugar daddy, expressão da língua inglesa para relacionamentos românticos, nas quais uma das partes é sustentada por dinheiro, presentes ou outros benefícios em troca da relação amorosa. Segundo esta, Saul, inclusive, contratava uma agência que lhe trazia sugar babies, garotas que se dispõem a serem bancadas pelos daddies.
A defesa disse ainda que seu cliente “vem sendo vítima de um grupo organizado que se uniu com o único objetivo de enriquecer ilicitamente às custas dele” e que “várias dessas pessoas já conseguiram se aproveitar dele em outras oportunidades, causando-lhe prejuízo milionário, e estavam acostumadas a essa situação”.