Quarta, 18 de Dezembro de 2024
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Operação no Pará contra Helder Barbalho mira outros 5 estados

A operação S.O.S. tem como um dos alvos o governador Helder Barbalho (MDB), de acordo com a Polícia Federal, e cumpre 76 mandados de prisão preventiva e 278 de busca e apreensão no Pará e em São Paulo.

29/09/2020 10h01
Por: Redação
Foto: Reprodução
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A polícia e o Ministério Público realizarm, na manhã desta terça-feira (29), duas operações com o objetivo de prender envolvidos em desvio de dinheiro destinado à saúde em cinco estados.

A operação S.O.S. tem como um dos alvos o governador Helder Barbalho (MDB), de acordo com a Polícia Federal, e cumpre 76 mandados de prisão preventiva e 278 de busca e apreensão no Pará e em São Paulo.

Já a operação Raio X cumpriu ao menos 66 mandados de prisão e 275 de busca de apreensão em cinco estados (Paraná, São Paulo, Pará, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul) mirando grupos suspeitos de fraude na contratação de organizações sociais.

No Pará, o governador Helder Barbalho é alvo da investigação, mas, segundo a polícia, não há mandado de prisão contra ele. A operação investiga uma suposta organização criminosa que atuava desviando recursos da saúde destinados à contratação de organizações sociais de saúde (OSS) para gestão de hospitais públicos no estado. Entre eles, os hospitais de campanha construídos durante a pandemia do coronavírus.

Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), as investigações revelaram que um grupo de quatro OSS firmou, ao menos, 12 contratos ou termos aditivos com o Governo do Pará entre agosto de 2019 e maio de 2020, totalizando aproximadamente R$ 1,2 bilhão, já tendo sido pagos o montante de R$ 310 milhões.

O UOL apurou que foram presos Parsifal de Jesus Pontes, atual secretário do Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedame), Antonio de Pádua de Deus Andrade, secretário do Transporte do Estado do Pará, Peter Cassol Silveira, ex-secretário-adjunto do Secretaria de Saúde do Estado do Pará, e Leonardo Maia Nascimento, assessor da Casa Civil.

A ação acontece nas cidades de Belém, Capanema, Salinópolis, Peixe-Boi, Benevides, todas no Pará, além de Goiânia (GO), Araçatuba (SP) e outras cidades de São Paulo.

Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas previstas superior a 60 (sessenta) anos de reclusão.

Em São Paulo, na Operação Raio-X, são cumpridos 260 mandados de busca e apreensão e 57 mandados de prisão temporária no estado de São Paulo.

A operação mira uma associação criminosa que teria desviado milhões de reais destinados à saúde, mediante celebração de contratos de gestão em diversos municípios de São Paulo, por meio de organizações sociais. O esquema de corrupção envolve agentes públicos, empresários e profissionais liberais.

Mandados de busca são cumpridos em salas da Câmara Municipal de São Paulo e da secretaria estadual de Saúde. Segundo a TV Globo, na Câmara, o alvo é um funcionário de um vereador.

No Paraná, a Polícia Civil cumpre, em apoio à Polícia Civil de São Paulo, 24 ordens judiciais, sendo nove mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão, em Curitiba e na região de Londrina.

Na operação, chamada de S.O.S., a PF cumpre 12 mandados de prisão temporária e 41 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além disso, há 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca e apreensão expedidos pelos Juízos das Varas de Birigui e Penápolis, no interior de São Paulo.

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