A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, agiu nos bastidores para impedir o aborto da menina de 10 anos, que engravidou após ser estuprada pelo tio, no Espírito Santo. A informação é da Folha.
A ministra coordenou uma operação que tinha como objetivo transferir a criança de São Mateus (ES), onde morava, para um hospital em Jacareí (SP), onde aguardaria a evolução da gestação e seria feito o parto, apesar do risco que isso represetava para a vida da criança.
Para que seu plano tivesse sucesso, Damares enviou a São Mateus representantes de sua pasta e aliados políticos que tentaram retardar a realização do aborto. Em uma série de reuniões, eles pressionaram os responsáveis por fazer o procedimento e chegaram a oferecer benfeitorias ao conselho tutelar local. A ministra chegou a participar de pelo menos um desses encontros por videochamada.
Ainda de acordo com a Folha, pessoas envolvidas no processo afirmaram ainda que os representantes do órgão foram responsáveis por vazar o nome da criança à ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, que o divulgou nas redes sociais.