Quarta, 27 de Novembro de 2024
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Bahia: Auxílio de R$ 500 por Covid-19 tem baixa adesão; isolamento pesa na decisão

A informação é da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHS), responsável pela intermediação com pretensos assistidos na capital e efetivação da medida.

16/07/2020 09h05
Por: Redação
Bahia: Auxílio de R$ 500 por Covid-19 tem baixa adesão; isolamento pesa na decisão

Criado pelo governo da Bahia como apoio financeiro e possibilidade de acolhimento de pacientes com quadro leve da Covid-19, a adesão ao auxílio financeiro de R$ 500 e utilização dos Centros de Acolhimento tem sido baixa. Em vigor desde o dia 16 de maio deste ano, após ser aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa da Bahia, somente 68 pacientes foram alcançados pela medida até esta quarta-feira (15). A informação é da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHS), responsável pela intermediação com pretensos assistidos na capital e efetivação da medida. 

Conforme apurado pelo Bahia Notícias, a resistência das pessoas ao isolamento nos Centros de Acolhimento tem sido grande, frustrando assim a expectativa gerada em torno da proposta. A ideia de ficar “isolado” da família e o “medo da discriminação” são fatores que influenciam a negativa de alguns eletivos ao benefício.  

A Bahia conta com três espaços de acolhimento. Além de Salvador, onde está instalado no bairro de Itapuã e visa atender a capital e toda a Região Metropolitana, unidades em Ilhéus e Ipiaú também foram preparadas. Mesmo com a baixa adesão, a gestão estadual se prepara para inaugurar um quarto centro, desta vez na cidade de Itabuna. 

Os beneficiados pela medida até momento foram, em sua maioria, mulheres. Dos 68, 36 são pessoas do sexo feminino e 32 do sexo masculino. Demonstrativo da JDHDS confirma que mais da metade, precisamente 57%, dos atendidos ocupam a faixa etária de 30 a 50 anos. Dezesseis pessoas com idades acima de 51 anos cumpriram os 14 dias de isolamento nos Centro de Acolhimento. Do total assistidos, 63 são moradores de Salvador, dois de Lauro de Freitas, um de Simões Filho, um de Uibaí e outro de Camaçari.

Um exemplo desses acolhidos é  José Anacleto dos Santos, de 59 anos. Morador de Salvador, o homem deu entrada na unidade de Itapuã no dia 12 de maio. Anacleto foi um dos 63 assistidos na capital nos dois meses de vigor da lei de criação do benefício. 

De acordo com Patrícia Santos, filha de Anacleto, o pai tinha apresentado um quadro de convulsões e foi levado pelo SAMU à UPA do bairro de Itapuã, onde recebeu confirmação da infecção pela Covid-19. 

“Depois que ele se recuperou das convulsões e recebeu alta da UPA, os profissionais do centro de acolhimento nos ligaram, porque a UPA já havia informado a situação dele. Meu pai foi levado para o centro, cumpriu a quarentena dele e hoje está em casa conosco. Durante os 14 dias, ele não teve nenhuma reclamação. Elogiou o atendimento, os profissionais do centro e contou que esteve monitorado durante todo o tempo, o que deixou ele mais tranquilo”, conta Patrícia.

Sobre o pagamento do auxílio, a filha conta ainda que realizou todos os procedimento por orientação dos profissionais do centro e da SJDHDS. “Com tudo que foi explicado, nós baixamos o aplicativo da conta digital e eu pude fazer todas as operações pra meu pai estar com o auxílio em mãos, o que foi muito importante porque ele sempre foi muito ativo e atualmente está sem serviço como ajudante de pedreiro”, explica. Durante o recolhimento de Anacleto, tanto Patrícia quanto sua mãe, esposa de Anacleto, realizaram o teste e obtiveram resultado negativo. A proteção dos demais moradores de determinada residência quando alguém testa positivo é um dos objetivos iniciais da medida estadual.

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