A Polícia Federal deflagrou hoje (7) uma operação para desarticular organização criminosa acusada de fraudar benefícios previdenciários na Bahia. A ação atua em conjunto com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e foi batizada de "Teia de Aranha". Investigadores apontam que o grupo atuava pelo menos desde 2018 com manipulação de perícias médicas em troca de vantagens financeiras indevidas. O objetivo era ativar ou manter ativos benefícios previdenciários fraudulentos, em sua maioria da espécie auxílio-doença.
Ao todo, os agentes cumprem 17 medidas judiciais, sendo três mandados de prisão preventiva, 10 mandados de busca, uma medida de recolhimento domiciliar, além de três afastamentos de função pública dos servidores envolvidos, medidas estas cumpridas nas cidades de Salvador, Camaçari e Candeias.
Durante as investigações foi revelada a existência de uma rede criminosa de despachantes e intermediários especializados na execução da fraude contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), bem como no direcionamento de perícias-médicas. Esses intermediários contavam com o auxílio de servidores do próprio INSS e de um médico-perito para a consecução dos atos ilícitos.
De acordo com a Polícia Federal, as fraudes já causaram um prejuízo de R$ 4 milhões, relativos a cerca de 80 benefícios previdenciários suspeitos, números estes que muito provavelmente aumentarão com o avançar das investigações e a identificação outras fraudes.