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Com Covid-19, maio se torna o mês com mais mortes na história do Brasil

Segundo levantamento do UOL, número de óbitos no mês passado representa uma alta de 13,1% em relação a maio de 2019

25/06/2020 11h25
Por: Redação
Com Covid-19, maio se torna o mês com mais mortes na história do Brasil

 

Em meio à pandemia de Covid-19, maio de 2020 já é o mês com o maior número de registros de óbitos feitos por cartórios na história do Brasil, segundo levantamento do UOL. Até segunda-feira (22), haviam sido registradas 123.857 declarações de pessoas que morreram em todo o Brasil, sendo 24.021 pela doença causada pelo novo coronavírus.

O número de mortes no mês passado representa uma alta de 13,1% em relação a maio de 2019, quando foram registradas 109.479 declarações de óbito nos cartórios brasileiros.

Historicamente, o mês de julho é o que registra maior número de mortes no país devido à maior circulação de vírus respiratórios. Além disso, problemas cardiovasculares são afetados por doenças virais respiratórias, e o aumento dessas doenças faz com que esse número fique ainda mais significativo nos meses de julho.

Segundo o UOL, os números ainda podem crescer, já que o Portal da Transparência da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) é abastecido com informações enviadas pelos cartórios, que podem levar alguns dias para reportar o óbito ao sistema nacional.

Confira os dados até o momento:

    Maio de 2020 - 123.702*
    Julho de 2017 - 122.610
    Julho de 2018 - 119.675
    Julho de 2016 - 118.151
    Julho de 2019 - 118.097*

(*Dados ainda sujeitos a ampliação)

O UOL consultou o banco de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que também se baseia na causa-morte indicada nas certidões. Não há registro de um mês tão mortal como foi maio de 2020.

A plataforma do ministério traz dados detalhados de mortes e suas causas desde 1996 até 2018. Os números de 2019 ainda estão em fase final de apuração para divulgação. Antes de 1996, não há relatos históricos que apontem para uma mortalidade tão alta em apenas um mês.

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