Sexta, 18 de Outubro de 2024
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Lúpus: Bahia registra 7.458 pessoas internadas com doença

A doença é mais comum em mulheres entre 15 e 40 anos, apesar de poder surgir em todas as idades, sobretudo em pessoas de ascendência africana.

16/05/2019 14h41
Por: Redação
Foto: Reprodução
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Na Bahia, 7.458 pessoas foram internadas, entre 2014 e 2016, afetadas pelo Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), doença autoimune, que afeta principalmente pele, articulações, rins e coração, e houve 191 óbitos em decorrência do agravamento da doença. Os dados são da segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).

O Lúpus ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo. Ainda não se sabe exatamente o que causa esse comportamento anormal, porém, naquelas pessoas que têm predisposição genética à doença, ela pode ser desencadeada por fatores hormonais e ambientais, como a luz solar.

A doença é mais comum em mulheres entre 15 e 40 anos, apesar de poder surgir em todas as idades, sobretudo em pessoas de ascendência africana.

Sintomas

A reumatologista da clínica SER da Bahia e Ibis, Ana Luisa Pedreira ressalta que o Lúpus é uma doença crônica que tem um impacto profundo na vida dos pacientes, podendo levar até 6 anos para confirmação do diagnóstico.

Os sintomas variam de acordo com as partes do corpo atingidas e evolução da doença, porém os mais comuns são: vermelhidão no rosto em forma de "borboleta" (sobre as bochechas e a ponta do nariz), lesões na pele que surgem ou pioram quando expostas ao sol, dor nas articulações, rigidez muscular e inchaços, sensibilidade à luz do sol, fadiga crônica, dificuldade para respirar, queda de cabelo, desconforto geral, ansiedade, mal-estar, entre outros. Cerca de um terço dos pacientes lúpicos desenvolvem problemas renais, indo desde alterações urinárias mínimas até insuficiência renal.

Para o tratamento de enfermidades reumáticas, como o Lúpus, além da medicação à base de corticoides, nas fases mais ativas da doença, são usados medicamentos que atuam no sistema imunológico (imunossupressores).

O tratamento deve ser contínuo, e de acordo com o estado de saúde do paciente, a medicação pode ser trocada e até suspensa. Mais recentemente têm surgido as terapias biológicas, tratamento avançado, que age contra moléculas e células responsáveis pelo processo inflamatório de origem crônica, que causa o Lúpus.

O Lúpus não tem cura, mas o tratamento adequado e o diagnóstico precoce podem melhorar muito a vida do paciente.

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