O secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, afirmou que a Bahia registrou mais sete novos casos do novo coronavírus. Até o último comunicado, de ontem (20), eram 34 casos de Covid-19 no estado. Com isso, chegam a 41 o número de casos.
"São sete exames positivos nas últimas 24h. A taxa de crescimento está dentro do previsto. Não está pior do que o previsto e acho que isso se deve a esforços que a comunidade baiana vem tendo, do governo e das pessoas. As pessoas mudaram seus hábitos e compreenderam a necessidade de higienizar as mãos e ficarem distantes uma das outras. Isso vai ser um diferencial para atenuar a curva de crescimento', disse.
Conforme o boletim da Sesab, que foi divulgado às 17h32, foram cinco novos casos em Salvador, um em Prado e outro em Porto Seguro.
Novos leitos
O secretário ainda detalhou o projeto do governo para adquirir 500 leitos de ventilação mecânica, que são necessários em casos mais graves da doença.
"Temos um projeto pra chegar a cerca de 500 leitos de ventilação mecanica, além dos 1.200 que temos na rede publica (que temos no SUS, na UTI). Estamos fazendo investimentos para ampliar a rede da UTI na rede própria, filantrópica e na privada. Estamos fazendo um esforço para abrir leitos em hospitais fechados, com ociosidade de leitos. Vamos dedicar alguns hospitais nossos para serem 100% aos pacientes infectados para ter uma equipe treinada para lidar com esse paciente e para não ser contaminada com o vírus e garantir que os outros pacientes não possam ser contaminados", disse.
Ele disse que a ideia é começar com o novo Hospital Couto Maia, colocando 100 leitos com pacientes com Covid-19, que serão progressivamente adequados para UTI. Também serão abertos novos leitos para pessoas com coronavírus no Hospital Ernesto Simões Filho, no Hospital do Subúrbio, no Hospital Octávio Mangabeira e no Hospital Salvador. O tratamento da doença também vai poder ser feito no Hospital Espanhol, que estava fechado e deve demorar cerca de 30 dias para reabrir.
O secretário também criticou a declaração do ministro Luiz Henrique Mandetta, que disse ontem (20) que o sistema de saúde do país pode entrar em colapso no próximo mês, por conta da doença.
"Qual a razão de se dizer uma coisa dessa? A gente não tem que estar sofrendo por antecipação, por coisas que não podemos fazer. Temos que fazer o que for possível", afirmou Vilas-Boas.