Somente na Bahia, de janeiro de 2018 a abril deste ano, entre inquéritos policiais, termos circunstanciados e notícias de fato, foram registrados 1.241 casos de estupro de vulneráveis na Central de Inquéritos do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). A informação foi divulgada nessa terça-feira (14) pelo órgão.
Com o intuito de conscientizar a sociedade sobre a necessidade e formas de combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes, o MP-BA lançou a campanha “Meu Corpo, Minha Casa”. De acordo com o órgão, a iniciativa “visa, de forma lúdica, despertar a atenção das crianças sobre a importância de se proteger contra tentativas de abuso”.
A campanha foi divulgada durante o “Seminário 18 de Maio”, realizado na sede do CAB. O evento, aberto ao público, foi organizado em homenagem ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Além do lançamento, performances artísticas, palestras, dinâmicas e debates fizeram parte da programação.
Uma cartilha, direcionada às crianças, também foi divulgada com o intuito de chamar a atenção para a importância do próprio corpo, despertando os cuidados com a saúde e a autodefesa contra possíveis abusos.
O evento é coordenado pelo Ministério Público por meio do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca) e do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e conta com o apoio da ONG Plan Internacional.
Caso Araceli
No dia 18 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, completam 46 anos do desaparecimento da menina Araceli Cabrera Crespo, que foi abusada sexualmente e assassinada em 1973, no Espírito Santo.
Desde 2000, essa data foi instituída como um lembrete para que a sociedade se conscientize sobre a necessidade de combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.