O Ministério da Saúde ampliou para 27 o número de países que passam a ser monitorados pela pasta por apresentarem transmissão local do coronavírus. Desta forma, as pessoas que estiveram nesses países nos últimos 14 dias e apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar, serão enquadradas como casos suspeitos de coronavírus.
A medida faz parte das ações de contenção realizadas pela pasta contra a transmissão do coronavírus. “Vamos continuar com a contenção porque não há circulação sustentada do vírus dentro do Brasil. O que nós temos são dois casos importados confirmados de pessoas que foram infectadas na Itália, que está com transmissão do vírus dentro do país”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.
Com o aumento do número de casos confirmados por circulação interna do vírus em alguns países, o Brasil vive um momento de transição. Além das ações de contenção, o Ministério da Saúde inicia as medidas de mitigação do enfrentamento do novo coronavírus no território brasileiro, que é a preparação da rede de assistência.
A intenção é reforçar as ações de prevenção para evitar que o vírus circule dentro do Brasil e atinja a população que tem maior risco de desenvolver casos graves da doença, como os idosos, os imunodeprimidos e as pessoas com doenças crônicas, respiratórias e cardíacas.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, ressalta que o Brasil se aproxima do inverno, onde o número de casos de síndromes respiratórias, como as gripes, aumenta consideravelmente. “Independentemente de qualquer outra situação, estamos nos preparando para todos os cenários, de um surto localizado a situações mais intensas”, informou o secretário.
Por isso, o Ministério da Saúde reforça a importância da prevenção para evitar a transmissão não só do coronavírus, mas de outros agentes infeciosos com maior circulação no inverno, como as influenzas A H1N1, A H3N2, influenza B e os outros vírus gripais. “Com isso estaremos fazendo um grande trabalho para a redução de danos, de internação hospitalar e redução da mortalidade”, ressalta o secretário-executivo, João Gabbardo.