O Shopping Barra decidiu afastar das suas funções dois trabalhadores terceirizados e um funcionário envolvidos em uma acusação de homofobia feita por um cliente do centro de compras.
O estudante Jeferson Campos denunciou o caso em relato no Instagram, no sábado (11). Ele afirmou que foi a um banheiro masculino, onde encontrou um segurança do estabelecimento conversando com um funcionário terceirizado da limpeza. O segurança teria declarado que estava sobrando mulher porque os homens estavam "tudo dando a bunda" e chamado os homossexuais de "viados da desgraça".
“Eu, enquanto gay, me identifiquei como tal e perguntei a ele qual era o problema dos homens ‘darem a bunda’ e o que ele tinha a ver com isso. Disse que ele estava me ofendendo e ofendendo pessoas semelhantes a mim, e que homofobia era crime”, contou Jeferson.
Segundo o estudante, o segurança o “encurralou” na pia do banheiro, pôs os dedos no seu rosto em formato de uma arma e gritou, dizendo que ele seria um "viado" e um "pau no cu" e ainda o ameaçou quebrá-lo na porrada. “Foi terrível! E, como se não bastasse, ele disse que nós, os homossexuais, estávamos cheios de razão e direitos”, contou.
No comunicado sobre o afastamento dos envolvidos no ataque, o shopping afirma que a decisão foi tomada “em consonância com os seus valores de ter as pessoas em primeiro lugar, se relacionando com ética, humildade e respeito com colegas, clientes e parceiros, respeitando a identidade de gênero, todas as crenças, culturas e etnias”.
“Ao mesmo tempo em que reitera o seu repúdio a toda forma de preconceito, o Barra ressalta que investe constantemente em treinamento voltado à inclusão, à diversidade e ao respeito à cidadania. O treinamento mais recente, foi realizado há três meses e tratou sobre a causa da diversidade LGBTQI+. Já está na programação do Barra para 2020 ampliar esses treinamentos, estendendo os conteúdos para lojistas e empresas que prestam serviços terceirizados. O shopping reforça ainda que está e sempre esteve aberto ao diálogo”, diz a nota.