Está zerado o estoque de 24 medicamentos na rede pública de saúde da Bahia, dentre eles remédios usados no tratamento contra HIV, tuberculose, Parkinson e Alzheimer. De acordo com informações do Correio, além destes, outros 19 devem acabar em até 45 dias.
Segundo a publicação, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) atribui a escassez por falta de reposição por parte do Ministério da Saúde. “Infelizmente, a maioria dos medicamentos não possuem substituto, nem solução de abastecimento imediata”, afirmou a Sesab, em comunicado, informando ainda que notificou o governo federal sobre o problema e que levou o caso ao Ministério Público Federal (MPF).
O Ministério da Saúde, por sua vez, disse que desde janeiro realiza ações para regularizar a situação e que “muitos processos não foram iniciados no tempo devido e, por isso, as entregas estão ocorrendo de modo intempestivo”. A pasta não disse, no entanto, se a Bahia estaria incluída nesta realidade.
No estado, o ministério afirmou que “a distribuição dos medicamentos Infliximabe 10mg/ml, Tacrolimo 1mg, Trastuzumabe 150mg, Micofenolato de Mofetila 500mg e Micofenolato de Sódio, e do Imatinibe 100 mg e Imatinibe 400 mg já está regularizada” e que quanto aos demais, “a expectativa é de assinatura dos contratos de compra para regularização do abastecimento de grande parte dos fármacos ainda no mês de maio”. O Ministério da Saúde diz ainda que “está adotando uma série de medidas para evitar que essa situação aconteça novamente”. Dentre as soluções, está a ampliação dos processos licitatórios de compra para abastecimento de, no mínimo, um ano.
A maioria dos medicamentos oferecidos na rede pública são de alto custo no mercado, a exemplo do Abatacepte 125mg (R$ 2.154,50), usado contra artrite reumatoide, ou o Desatinibe 100 mg (R$5.449), para leucemia mieloide crônica. Dentre os remédios com estoque zerado estão alguns usados nos tratamentos de pacientes com Hanseníase, Hepatite, Parkinson, Esclerose Múltipla e Tecidos Transplantados.