Se o Ministério da Saúde não voltar a fornecer os remédios que estão com estoque zerado ou “crítico” na Bahia, mais de cinco mil pessoas esquizofrênicas poderão ficar sem o tratamento da doença no estado.
De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), o medicamento Olanzapina, que é indicado para o tratamento agudo e de manutenção da esquizofrenia e outros transtornos mentais, deve acabar no próximo mês de junho. Ao todo, mais de 19 de mil pacientes podem ser prejudicados com a falta dos medicamentos.
Pessoas com esquizofrenia ainda estão sem a Quetiapina Fumarato, remédico indicado para pacientes com transtorno afetivo bipolar ou depressão. Segundo a Sesab, 2949 esquizofrênicos fazem uso do remédio do estado.
Quem tem doença renal crônica também será afetado com a falta de remédios. O Sevelamer Cloridrato, que é fornecido para 3848 pessoas, está com o estoque crítico.
Os 1766 pacientes transplantados do estado também ficarão sem o Tacrolimus, medicamento que ajuda a reduzir o risco de rejeição do órgão transplantado.
Para a presidente do Conselho Estadual dos secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosemns), Stela dos Santos, o estado passa por uma situação difícil.
“Nós comungamos com a Sesab e estamos preocupados com os pacientes que precisam desses remédios. Alguns medicamentos, por exemplo, não são nem vendidos”, diz Stella.
A presidente da Consemns vai discutir o problema em uma reunião em Brasília na próxima semana.
Falta de remédios ainda não atingiu postos de saúde da capital
A Sesab repassa os medicamentos do Ministério da Saúde para os postos de saúde dos municípios.
Segundo a Secretária Municipal de Saúde, até agora, nenhum dos 24 remédios citados na lista da Sesab estão em falta nos postos da capital baiana.