O óleo recolhido das praias de Maraú, no Sul da Bahia, foi descartado irregularmente em um lixão do município, nas próximidades de um mangue e da Baía de Camamu. Segundo a denúncia, os moradores temem que o solo e o lençol freático sejam contaminados. Mais de quatro toneladas já foram retiradas das praias de Maraú.
Procurada pela reportagem, a prefeita Maria das Graças de Deus Viana (PP), conhecida como Gracinha, responsabilizou o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “O Município não sabe mais o que fazer. Um caminhão foi hoje retirar uma parte. O Inema e Ibama estão sendo omissos. Os órgãos do governo têm que tomar providência. Vão lá e só tiram fotos. Vai chegar um momento que não vai dar mais”, afirmou.
Procurada pela reportagem, a assessoria do Inema explicou que o acondicionamento do resíduo é de responsabilidade da prefeitura e que o material está sendo coletado em todo estado pelo órgão por uma empresa terceirizada. Ainda segundo o instituto, ao Município foram entregues 400 kits de equipamento de proteção individual (EPIs) e contêineres. Até esta segunda-feira (4), cerca de 800 toneladas do resíduo já foram recolhidas dos 29 municípios afetados.