O transtorno do espectro autista (TEA) pode ser definido como um conjunto de condições comportamentais caracterizadas por prejuízos no desenvolvimento de habilidades sociais, da comunicação e da cognição da criança. A psicóloga Fernanda Oliveira, do Portal Centro de Saúde, destaca que no autismo cada caso é um caso diferente.
Os desafios para quem tem autismo, assim como para a família, são muitos. De acordo com a psicóloga, dois objetivos devem ser primordiais no processo de ajuda aos indivíduos com TEA. “As famílias e os indivíduos afetados devem batalhar por qualidade de vida e pela felicidade, o outro objetivo é a busca constante pela independência na vida adulta do portador, buscando sempre ajuda dos profissionais específicos e da psicoterapia. Lembrando sempre que cada pessoa é única, portanto, precisa trabalhar a individualidade”, explicou.
Devido a essa individualidade, o tratamento do autismo deve se iniciar pela criação do Plano Individual de Tratamento. Fernanda afirma também que é de fundamental importância a criação do Plano Individual de Educação.
“É importante buscar intervenções conjuntas englobando psicoeducação, suporte e orientação dos pais, terapia comportamental, fonoaudiologia, treinamento de habilidades sociais, Método ABA, terapia ocupacional, terapia de integração sensorial, esportes, grupos de apoio, medicação, dentre outras modalidades que ajudam na melhoria da qualidade de vida”, afirmou.
Sintomas e diagnóstico do autismo
O aparecimento dos sintomas do autismo se dá nos primeiros anos de vida. Segundo a psicóloga, bebês com autismo apresentam grande déficit no comportamento social, tendem a evitar contato visual e se mostram pouco interessados na voz humana.
“Eles não assumem uma postura antecipatória colocando seus braços à frente para serem levantados pelos pais, podem ficar indiferentes ao afeto e não demonstrar expressão facial ao serem acariciados. Suas ações podem se limitar a atos repetitivos e estereotipados, como cheirar e lamber objetos ou bater palmas e mover a cabeça e o tronco para frente e para trás. Crianças com autismo podem se sentir incomodadas por pequenas mudanças em sua rotina diária, resultando em ataques violentos de raiva”, informou.
A psicóloga acrescentou ainda que o diagnóstico do autismo é clínico, dependendo de uma minuciosa avaliação comportamental da criança e de entrevista com os pais. Ela afirma que se a criança já estiver inserida em um programa educacional, a avaliação pedagógica escolar será muito importante.