O grupo de pescadores e marisqueiros que fez um protesto na sede do Ibama em Salvador na quarta-feira (23) segue na busca de soluções para os prejuízos sofridos pelos trabalhadores com as manchas de óleo que atingem o litoral nordestino.
De acordo com uma das participantes do protesto, Eliete Paraguaçu, eles se reunirão hoje (25) na sede da Defensoria Pública da União (DPU) na Pituba.
A assessoria de imprensa do DPU confirmou que o encontro vai acontecer na unidade e informou que antes estava previsto para acontecer na sede do Ministério Público Federal (MPF), mas foi cancelado pelo órgão. O Metro1 não conseguiu contato com o MPF para comentar o cancelamento.
Segundo Eliete, hoje serão debatidas reivindicações dos pescadores que amargam os prejuízos diante da recomendação de não ingerir o pescado por conta da contaminação.
Apesar de as manchas ainda não terem chegado à região de Ilha de Maré, onde ela trabalha, ela afirma que os clientes já não estão mais comprando o pescado.
"O estado precisa garantir que (a mancha) não chegue e, se não tem capacidade, tem que pedir a outras instâncias iternacionais para que contenha o óleo. É caso de calamidade pública a situação dos pescadores hoje. Queremos que possam dar sustentabilidade ao nosso trabalho", disse, em entrevista ao site Metro1.
A Bahia Pesca, vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), está realizando a coleta do pescado para a analíse química. A empresa estima que cerca de 16 mil trabalhadores da pesca são prejudicados na região que compreende Salvador, Itaparica, Vera Cruz e praias do Litoral Norte, até a divisa com Sergipe.