Decisão liminar obtida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia na noite de ontem (16) suspende o fim das atividades da Petrobras no estado.
De acordo com a coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, a sentença é uma resposta a uma ação cautelar, para garantia da proteção da sociedade e dos trabalhadores.
A ação foi protocolada na noite da última terça-feira (5), após terminar sem acordo as negociações entre o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro) e a Petrobras, com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT).
O MPT então seguiu com as investigações e entrou a ação na Justiça do Trabalho. Distribuído para a 6ª Vara de Salvador, o processo ficou nas mãos do juiz Danilo Gaspar, que concedeu a liminar.
A decisão proíbe a estatal de transferir seus empregados dos seus atuais locais de trabalho no estado e ainda de criar programas de demissão voluntária.
"Essa é uma atuação histórica. Faz parte da luta para a garantia de empregos, reiterando os limites da lei. Constatamos, por meio da força-tarefa, a submissão dos trabalhadores da Petrobras a uma situação de terror psicológico, seja pela falta de transparência, seja pela sonegação do mínimo de informação, ou pela ausência de segurança sobre o destino profissional daquelas milhares de pessoas. Ficou caracterizado o assédio moral organizacional (coletivo). O MPT agiu e o Poder Judiciário confirmou”, declarou ao A Tarde o procurador-chefe do MPT na Bahia, Luís Carneiro.
A ação é assinada ainda pelos procuradores Séfora Char, Luís Barbosa e Rosineide Mendonça.