Dados divulgados pelo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) nesta segunda-feira (2) apontaram crescimento de 667% em casos de dengue na Bahia de janeiro a agosto em comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento apontou a notificação de 56.342 casos prováveis (excluídos os descartados), com coeficiente de incidência de 380,4 casos para cada 100 mil habitantes.
Dentre os casos prováveis, 18.801 (29,8%) foram categorizados como dengue clássico, 1.549 casos (2,4%) como dengue com Sinais de Alarme (DCSA), 82 (0,1%) como dengue grave e 10.205 casos (16,1%) permanecem em investigação – outros 25.705 casos (40,7%) foram classificados como inconclusivos.
O Boletim Epidemiológico de Arboviroses também mostrou aumento no número de pessoas com suspeita de chikunguya: foram 4.375 casos prováveis e 29,5 casos por 100 mil habitantes no período analisado, representando uma alta de 23,5% em relação ao mesmo período de 2018. Já as ocorrências de pessoas com suspeita de zika subiram 62,3% – foram 1.724 casos suspeitos ou 11,6 casos por 100 mil habitantes.
Segundo o informe, 26,4% dos municípios baianos registraram notificações simultâneas de casos de dengue, chikungunya e zika, ao passo que 8,9% dos municípios baianos não notificaram casos prováveis/suspeitos para as três arboviroses. Feira de Santana foi o município que apresentou o maior quantitativo de amostras positivas para dengue (23,3%) e para zika (11,4%). Já Salvador registrou a maior porcentagem de amostras positivas para chikunguya, com 32,8%.
Em relação aos óbitos confirmados laboratorialmente, foram registrados 29 casos, sendo 12 apenas em Feira de Santana. A taxa de letalidade por dengue dos casos notificados com sinais de alarme e grave na Bahia foi de 1,8%.