Domingo, 24 de Novembro de 2024
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Público alvo para imunização contra H1N1 é ampliado

Vacina do SUS é trivalente, já na rede privada é possível receber imunização quadrivalente

03/05/2019 07h32 Atualizada há 6 anos
Por: Redação
Público alvo para imunização contra H1N1 é ampliado

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza já começou em todo o Brasil e em Salvador, cerca de 27% do grupo prioritário já procurou algum posto para imunização. A meta da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) é vacinar pelo menos 570 mil pessoas – 90% da população elegível. A estratégia segue até 31 de maio deste ano, nos 128 postos da rede básica do município.

No mês de abril, o Ministério da Saúde incluiu mais um grupo entre o público-alvo da campanha. A partir de agora, policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas também podem procurar os postos de saúde. Os demais integrantes do grupo prioritário continuam sendo os mesmos.

Na rede pública, a vacinação é voltada para idosos (a partir de 60 anos), crianças (de 6 meses a menores de 5 anos), gestantes, puérperas (mulheres que ganharam bebê nos últimos 45 dias), trabalhadores de saúde do serviço público e privado, jovens de 12 a 21 anos de sob medidas socioeducativas, professores, portadores de doenças crônicas e a população carcerária que reside em Salvador.

Segundo a SMS, a vacina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é a trivalente, capaz de proteger a população contra os sorotipos H1N1, H3N2 e a influenza do tipo B Yamagata. Antes contraindicada para quem tem alergia a ovo, agora os únicos que devem evitar a imunização são aqueles que têm alergia grave à própria vacina.

Gripe comum e H1N1

A população costuma confundir a gripe comum com a H1N1 por conta da semelhança entre os sintomas das duas. O vírus influenza pode ser categorizado em A, B e C. O último, que é o mais comum, não traz impacto para a saúde pública, isto porque se trata apenas de uma infecção respiratória branda e não possui relação com nenhuma epidemia.

Já os vírus A e B são responsáveis por epidemias sazonais, podendo ser encontrado entre os grupos os subtipos H1N1 e H3N2. Os dois podem causar pandemias, como foi o caso da H1N1 em 2009 no Brasil, quando cerca de duas mil pessoas morreram. Este ano, uma morte foi registrada em Salvador por conta do vírus.

Os vírus podem ser transmitidos por meio de tosse e espirro e os sintomas geralmente são semelhantes. Quando infectado, o paciente costuma sentir calafrios, mal-estar, cefaleia, mialgia, dor de garganta, artralgia, prostração, rinorreia e tosse seca. Em casos mais graves, é possível que a pessoa sinta diarreia, vômito, fadiga, rouquidão, hiperemia conjuntival. Nem todos os doentes podem ter febre.

Mitos e verdades

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não é verdade que a vacina deixa a pessoa doente, com H1N1, isto porque a vacina é feita com o vírus morto, inativado. O que costuma acontecer é que, como a vacina da gripe é aplicada durante o outono e inverno, é comum que outros vírus, que não constam na vacina, causem a doença. A vacina pode demorar de duas a três semanas para fazer efeito.

Para crianças de seis meses a nove anos que estejam recebendo a vacina pela primeira vez, é recomendado que seja aplicada uma segunda dosa, com intervalo de 30 dias entre elas. Para o restante da população, é preciso se vacinar uma vez por ano, isto porque as cepas do vírus mudam. Quando se trata de mulher grávida, o feto e o bebê recém-nascido também ficam protegidos, este último até os seis meses.

Rede particular

Ao menos no início da campanha, a rede pública volta o atendimento apenas para o grupo de risco, no entanto, qualquer pessoa acima de seis meses e sem limite de idade máxima pode se imunizar. Na rede particular de Salvador, por exemplo, é possível encontrar doses da vacina com valores entre R$ 49,90 e R$ 120, podendo elas ser trivalentes ou quadrivalente (quando protege contra quatro tipos de vírus da influenza).

Para se vacinar, o paciente deve levar um documento de identificação com foto, cartão de vacinação e uma orientação médica caso tenha alergia a ovo.

Confira valores:

Seimi – R$ 49,90 para a trivalente e R$ 120 para a quadrivalente

Labchecap – R$ 49,90 para a trivalente e R$ 120 para a quadrivalente

Leme – A vacina quadrivalente custa R$ 120

Sabin – R$ 120 para a vacina quadrivalente, podendo chegar a custar R$ 102 com o desconto de 15% oferecido pelo laboratório.

Em alguns laboratórios é possível parcelar o valor e nem em todas unidades a vacinação é oferecida, estes detalhes devem ser consultados previamente com as redes particulares.

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