Na tabela do Campeonato Brasileiro, Cuiabá e Corinthians estão na briga pelo mesmo objetivo que é escapar do rebaixamento. O Timão é o 18º colocado com 29 pontos, três a mais do que o Dourado que aparece logo atrás no 19º lugar. Os dois clubes também vivem uma outra disputa fora de campo, mas essa é por questão financeira e tem como pivô o volante Raniele, que tem passagens por Bahia e Jacuipense.
Em janeiro deste ano, o Timão acertou a compra de Raniele por 2,5 milhões de euros, o equivalente a R$ 13,5 milhões, por 60% dos direitos econômicos, junto ao Dourado. No acordo, os paulistas pagariam a conta em três parcelas, além da entrada, até julho de 2025. No entanto, o presidente do clube mato-grossense, Cristiano Dresch, alegou que o Alvinegro pagou apenas a entrada no valor de 800 mil euros, para poder inscrever o atleta no Paulistão.
“Eles (Corinthians) pagaram a entrada de 800 mil euros, que só foi paga porque ela era vinculada à liberação do atleta. Tanto que o Raniele só foi inscrito na véspera do encerramento das inscrições do Paulistão. Eles quase não conseguiram pagar esses 800 mil euros”, afirmou em entrevista ao ge.globo.
Ainda segundo Dresch, a segunda parcela seria no valor de 400 mil euros e venceu no dia 31 de julho.
“O contrato que a gente fez previa que, caso a parcela não fosse paga no vencimento e nem após o prazo que é dado depois do vencimento, nós demos cinco dias de prazo, as parcelas que estavam a vencer venceriam antecipadamente. E sobre todo esse saldo vencido, haveria uma multa de 30%. A quantia era em torno R$ 13 milhões, que é o valor original. Aí tem a correção de 1% ao mês mais o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que mede a inflação. Hoje dá quase R$ 600 mil só de juros”, detalhou.
Aos 27 anos, Raniele já disputou 48 jogos pelo Timão na atual temporada, sendo 45 como titular.
O mandatário do Dourado ainda disse que a diretoria do Timão tentou fazer um acordo para o pagamento da dívida.
“O Corinthians nos procurou, tentou fazer um acordo, nos ofereceram a parcela vencida mais a parcela que ia vencer em outubro. Nós não aceitamos, exigimos que fosse pago todo o saldo. O Corinthians não pagou e nós entramos com ação na CNRD. O Corinthians foi notificado, se manifestou reconhecendo a dívida. A única contestação do Corinthians na CNRD foi o vencimento antecipado das parcelas”, disse.