A ex-diretora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Luísa Rosa, protocolou neste domingo (7) uma denúncia na Comissão de Ética da entidade na qual pede que sejam afastados dos cargos o presidente, Ednaldo Rodrigues, e o diretor de Governança e Conformidade, Hélio Menezes Jr, por assédio moral.
Rosa foi afastada em 2023 do cargo por Ednaldo e move um processo na Justiça contra a CBF pelos crimes de assédio moral e sexual, com pedido de indenização de R$ 1,8 milhão, segundo informações divulgadas pela Folha de S. Paulo. Ela foi a primeira diretora mulher da história da confederação.
Na ação, Rosa revela ter sofrido diversas humilhações quando esteve no cargo, primeiro como Gerente de Infraestrutura e, depois, promovida ao cargo de Diretora de Patrimônio e Infraestrutura, em abril de 2022. Ela afirma ainda que o presidente instalou uma central de espionagem na sede da entidade, no Rio de Janeiro, com a colocação de câmeras escondidas no teto do refeitório.
Ela destaca que trabalhava em um ambiente tóxico para mulheres, sendo obrigada a conviver com comentários sobre prostitutas, cantadas e convites para encontros fora do horário do expediente. Esta denúncia não inclui Ednaldo, mas outros funcionários e diretores da CBF.
Até o momento, Ednaldo Rodrigues não se pronunciou sobre o assunto. Ele ficou quase um mês afastado da presidência da CBF, entre 7 de dezembro de 2023 e 4 de janeiro, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio, devido problemas no processo eleitoral da entidade e retornou ao cargo devido a decisão liminar do Ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF).