A defesa do baiano Ednaldo Rodrigues entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta segunda-feira (11), o qual pede a anulação da decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que o destituiu da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), juntamente com seus oito vice-presidentes.
Na última quinta-feira (7), o TJ-RJ anulou a eleição de Ednaldo, ocorrida em março de 2022, que foi oficialmente destituído na segunda, com a publicação do acórdão do julgamento. A determinação estabeleceu que José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, assuma interinamente a presidência da entidade.
Para a composição do recurso, a CBF disponibilizou um time de nove advogados. A apelação foi apresentada à presidente do STJ, Maria Thereza De Assis Moura e pede que, caso mantida a decisão de anular a eleição de Ednaldo, seja permitido a ele convocar uma nova eleição.
Na ação, a defesa de Ednaldo diz que a "CBF poderá ter a afiliação suspensa da Fifa e da Conmebol", se a decisão do TJ-RJ não for cassada. Argumenta ainda que "recentemente a Fifa suspendeu a Associação de Futebol de Mali por indevida interferência governamental, após Ministro dos Esportes dissolver o Comitê Executivo da Entidade e – em idêntica situação a dos autos – indicar Comitê Provisório para gerir a Associação e providenciar a eleição de nova diretoria, mesmo após expressa advertência administrativa".
Por sua vez, Gustavo Feijó, ex-presidente da CBF, oposição a Ednaldo, também apresentou um recurso ao STJ. Ele era um dos vice-presidentes do mandato de Rogério Caboclo. Os advogados de Feijó argumentam que a CBF não poderia recorrer para defender a manutenção de Ednaldo na presidência porque ele já havia sido afastado pela decisão do TJ-RJ, publicada horas antes do recurso ao STJ.