Para lidar com os efeitos do fenômeno El Niño, que causa redução do volume de chuvas na Bahia, a Embasa está investindo na diversificação de mananciais para garantir a continuidade do abastecimento durante a estiagem. As ações incluem a perfuração de novos poços em diversos municípios e o monitoramento intensivo dos rios onde atualmente a empresa capta água, além de melhorias e interligações entre sistemas.
“Estamos tomando as medidas possíveis para enfrentar a estiagem causada pelo El Niño, que coloca em risco a disponibilidade de água em parte dos nossos mananciais”, explica o presidente da Embasa, Leonardo Góes. “Fizemos um levantamento dos sistemas mais vulneráveis e estamos iniciando medidas de curto, médio e longo prazo para garantir a continuidade do fornecimento de água para a população nessa situação atípica”, detalha Leonardo.
É o caso de Lagoa Real, onde a barragem de São Pedro e a barragem do Córrego secaram por falta de chuva. A Embasa manteve o abastecimento com cinco poços, que não produziam água suficiente para a demanda da cidade. Felizmente, a solução definitiva para a regularização do fornecimento está a caminho, pois a empresa acaba de concluir a terceira etapa da adutora do Algodão. Após os últimos testes na adutora, a água do rio São Francisco chegará a Lagoa Real, normalizando o abastecimento no município.
Já em Piripá, no sudoeste do estado, a falta de chuvas deixou a barragem do rio Bonito em nível crítico e um dos poços reduziu a produção de água. Para normalizar o fornecimento, a Embasa está trabalhando para aumentar a produção da estação de tratamento do município vizinho de Condeúba, e direcionar todo o excedente para Piripá. Em paralelo, a empresa está perfurando mais oito poços. A longo prazo, a empresa irá implantar uma captação de água na barragem de Anagé, com uma nova adutora fazendo a integração dos sistemas.