Luiz Carlos Ferreira da Silva, considerado culpado pelo assassinato da sua esposa Alessandra Souza Rios, foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado e teve sua prisão preventiva mantida após júri popular em Ipirá. A sentença foi proferida pelo juiz Marcon Roubert da Silva.
Conhecido como Judeu, Luiz Carlos foi indiciado pelos crimes de homicídio com duas qualificadoras (emboscada e feminicídio), com uma causa de aumento de pena (homicídio na presença de descendente) e tentativa de homicídio qualificado (para assegurar a impunidade de outro crime), por três vezes. O julgamento aconteceu na última segunda-feira (7), no Fórum da Comarca do município, localizado a 210 km de Salvador.
O caso aconteceu no dia 17 de janeiro do ano passado. Na ocasião, Alessandra, de 40 anos, foi morta com disparos de arma de fogo na frente das filhas do casal por não aceitar o fim do relacionamento.
O advogado Matheus Biset, sócio do escritório Gamil Föppel Advogados Associados, que representou a família da vítima no julgamento, considerou a pena baixa e vai recorrer da decisão. “A insatisfação é grande, principalmente com relação à dosimetria da pena. Ela foi muito abaixo do esperado, até mesmo pelo próprio réu, que comemorou na frente de todos. Pelas circunstâncias do crime e qualificadoras a pena deveria ter sido muito maior. Em que pese ele ter sido condenado, a sensação que fica é de impunidade, infelizmente. As vítimas e toda sociedade de Ipirá se encontram indignadas”.