O sindicato que representa as academias fitness da Bahia se posicionou contra o projeto de lei proposto pelo vereador George Reis (PP). A proposta enviada à Câmara Municipal de Salvador quer obrigar os estabelecimentos de esporte a permitir o acesso gratuito de personal trainers na capital baiana.
Representante da classe patronal, o presidente do Sindelivre-BA, Osvaldo Pita, rechaçou o projeto com a justificativa de que as academias são empresas privadas, que demandam um investimento alto por parte dos empresários. "Muitas vezes, são economias de anos de trabalho para serem donos de seus próprios negócios", argumentou. "Claro que quem investe seus recursos quer retorno, lucro", disse ao Metro1.
"Por que os profissionais de Educação Física, personal trainers, que vão usar as instalações e equipamentos, que custaram muito dinheiro dos proprietários, não devem pagar a taxa para treinar quem contrata seus serviços?", questionou.
O tema divide opiniões. Há quem discorde da gratuidade, mas cite taxas "abusivas" para a entrada dos profissionais nos espaços. O valor chega a R$ 400 mensais em algumas academias da cidade. O personal trainer Felipe Rafael classificou o projeto como "o sonho de todo profissional de educação física".
O Metro1 procurou diversas academias de Salvador, mas não obteve retornos até esta segunda-feira (10). A exceção foi a Alpha Fitness, que preferiu somente se manifestar caso a proposta se concretize em lei. "Enquanto for projeto, vamos aguardar as tramitações", disse, por meio de nota.