Mais 1,2 mil cestas básicas foram encaminhadas, nesta quarta-feira (29), pelo Programa Bahia Sem Fome, para dois terreiros de candomblé, uma igreja protestante, sete comunidades da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe e duas escolas. As doações foram entregues pelo vice-governador Geraldo Júnior a Ação Social Arquidiocesana (ASA), localizada no bairro do Garcia, em Salvador, que fez o repasse dos itens. Em cinco dias de atuação, o Bahia Sem Fome já arrecadou 150 toneladas de alimentos, através das secretarias e órgãos públicos.
Geraldo Júnior ressaltou a função articuladora do Governo do Estado. “Essa articulação busca referendar a iniciativa, dando efetividade e credibilidade com a participação dos órgãos de controle, como o Ministério Público do Estado da Bahia, os tribunais de contas do Município e do Estado, para que a gente possa ter a transparência dos atos e a mobilização independente de posição partidária, ideológica ou política. A nossa missão é cuidar da nossa gente e do nosso povo”, frisou.
O presidente da ASA, padre José Carlos Santos Silva, informa o perfil do público beneficiado. “Essas pessoas moram na periferia de Salvador, na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, na Boa Vista de São Caetano, na Boa Vista do Lobato. São pessoas pobres, crianças que, já na escola, vão receber esse alimento. Essas cestas básicas serão de fundamental importância para que se possa dar a essas pessoas um mínimo de dignidade, porque a pessoa com fome perde a dignidade. Então o programa Bahia Sem Fome vai nos dar a oportunidade de poder começar a reparar esse erro, essa distorção da sociedade”.
Uma das instituições beneficiadas é a Escola Comunitária Sol da Manhã. A assistente social da unidade, Rosemeire Pio Batista, conta que as doações que ela está levando vão atender a 150 crianças e adolescentes em situação de insegurança alimentar.
“O grande impacto dessa iniciativa é que a fome vai amenizar. A gente fica muito feliz com essa proposta, com a chegada da alimentação. Então eu parabenizo o Governo do Estado por esse trabalho e eu tenho certeza que essa política pública vai beneficiar muitas famílias”.
Política Pública
O coordenador do Programa Bahia Sem Fome, Thiago Pereira destacou que esta campanha estadual conta com a solidariedade da sociedade civil organizada e da iniciativa privada.
“Mas o poder público estadual também vai colocar recursos para a aquisição de alimentos. O estado está cumprindo o seu papel e chegando a quem mais precisa. Esse primeiro momento é uma ação emergencial de curtíssimo prazo, mas nós já temos um projeto de lei que vai ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado para instituir o programa Bahia Sem Fome. Virando política pública, a nossa capacidade de alcance vai ser maior com ações estruturantes”.