Um produto que representa muito bem a cultura gastronômica do interior do Brasil é o queijo, tanto que seu preparo artesanal está sendo pleiteado para que seja reconhecido pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade, candidatura que vem sendo defendida por chefs de cozinha do estado de Minas Gerais e instituições brasileiras.
Neste dia 20 de janeiro é celebrado o Dia Mundial do Queijo. O item, que nos últimos meses vem sofrendo alta de preço devido à instabilidade no preço do leite, tem na sua diversidade os tipos ricota, cottage e minas frescal como os mais baratos para o consumo diário, como destaca a nutricionista Marcia Bianca Sales.
- É claro que existe uma quantidade para cada indivíduo, mas estes três tipos podem ser consumidos diariamente, desde que a alimentação dessa pessoa seja baseada em alimentos de verdade, como vegetais, folhosos, frutas e feijões, porque não podemos esquecer que esses queijos mais em conta para o bolso, que também são mais saudáveis por terem menos gordura, menos sódio e passam por menos processos, ainda assim são alimentos processados e que podem contribuir para o aumento de taxas de colesterol, pressão arterial e retenção hídrica, destaca a docente do curso de Nutrição da Estácio.
E no quesito altas calorias, Marcia cita os dos tipos roquefort, prato, provolone, de ovelha e cabra, gruyère, gouda, cheddar, camembert, brie e gorgonzola como os mais ricos em gordura.
- Estes não são indicados para consumo diário. Para se ter uma ideia, 30 gramas desses tipos de queijo contêm entre 89 e 140 calorias, exemplifica a profissional.
Opções de queijo vegano são mais saudáveis?
Segundo a nutricionista, 90% do mercado de queijos veganos infelizmente é de produtos ultraprocessados.
- São produtos com pouquíssima proteína, quase nada de cálcio e rico em carboidratos de alto índice glicêmico, pois a base deles é fécula de mandioca ou batata, ou amido de milho.
A professora do curso de Nutrição da Estácio destaca que apenas 10% desse mercado tem produtos mais ricos nutricionalmente.
- Esse percentual fica dividido entre 3% de grandes empresas que produzem queijos nutricionalmente mais ricos; e 7% para pequenos produtores ou de trabalho autônomo, que fazem queijos incríveis em sabor, textura e composição, e que tem como base castanhas e sementes, o que enriquece demais o produto, um queijo rico em boas gorduras, e baixo em carboidrato e em sódio. Além disso, o processo de cura ou defumação dos queijos veganos artesanais é muito mais natural do que qualquer outro da indústria, o que faz com que grandes restaurantes plant- based (indústria de proteínas alternativas vegetais) do Brasil utilizem estes queijos dos pequenos produtores em seus pratos, devido à riqueza de sabor e também nutritiva, explica a nutricionista.