Após a ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara (Psol), e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), cobrarem a apuração do assassinato de dois indígenas mortos a tiros na noite da última terça-feira (17), no Extremo Sul do estado, João Roma (PL) se pronunciou sobre o caso. O deputado federal se referiu aos jovens como supostos “índios” e saiu em defesa dos proprietários agrícolas suspeitos de terem cometido o crime.
“Desde o final do ano passado que estamos denunciando essas ações criminosas de bandos armados, dizendo-se índios, aterrorizando a região. E agora está recrudescendo este movimento ilegal”, afirmou Roma.
O ex-candidato a governador, atualmente à frente da gestão do PL na Bahia, pediu ainda providências ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal. “Não podemos permitir que, em pleno século 21 , o Extremo Sul se transforme em bangue-bangue por oportunistas que se passam por indígenas para invadir criminosamente propriedades sob o arrepio da lei. A barbárie não pode prevalecer no estado democrático de direito”, disse.
O assassinato das vítimas, identificadas como Nawir Brito de Jesus, de 17 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25, aconteceu na BR-101, na cidade de Itabela. De acordo com testemunhas, os disparos foram realizados por homens que estavam a bordo de uma motocicleta.