Em evento realizado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (22), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou mais 15 novos ministros de seu futuro governo.
Na ocasião, o petista anunciou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) à frente do Ministério da Indústria e Comércio e oficializou a indicação da cantora e compositora baiana Margareth Menezes para comandar o extinto Ministério da Cultura.
Foi escalado ainda para as Relações Institucionais Alexandre Padilha (PT), que já havia sido titular da pasta na administração de Lula e titular da Saúde na gestão de Dilma Rousseff (PT). Conforme as especulações, o ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), foi confirmado na Educação; a vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PC do B, Luciana Santos, vai assumir Ciência e Tecnologia; e o ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT), será ministro do cobiçado Ministério do Desenvolvimento Social.
Ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB) foi escalado como ministro dos Portos e Aeroportos; enquanto o ex-prefeito de São Bernardo (SP) e presidente do diretório estadual do PT em São Paulo, Luiz Marinho, será ministro do Trabalho, pasta à qual já comandou nos primeiros mandatos de Lula, quando ela ainda funcionava junto com a Previdência.
A Secretaria-Geral da Presidência da República ficará com Márcio Macêdo (PT), ex-secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe, ex-titular da Secretaria Municipal de Participação Popular de Aracaju e ex-superintendente do Ibama no estado.
Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), doutora em Sociologia, mestre em Ciência Política e graduada em Ciências Sociais, Nísia Trindade Lima, que já atua na equipe de transição, será ministra da Saúde. Também integrante da transião, a ex-secretária nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres nos governos de Lula e Dilma, Cida Gonçalves (PT), vai assumir o Ministério das Mulheres.
Doutora em Economia pela UFRJ e ex-assessora econômica e secretária de Orçamento Federal nos governos Dilma, Esther Dweck foi confirmada no novo Ministério da Gestão, resultante da divisão do atual Ministério da Economia, que também será desmembrado em outras três pastas: Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio.
Advogado, pesquisador, professor universitário e presidente do Instituto Luiz Gama, voltado para os direitos humanos e à defesa jurídica das minorias e de causas populares, Silvio Almeida foi indicado para o Ministério dos Direitos Humanos; enquanto Anielle Franco, jornalista, escritora, educadora e ativista dos direitos das mulheres e dos negros, será ministra da Igualdade Racial. Ela é também irmã de Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em um atentado, em março de 2018.
Bacharel em Direito e Filosofia, além de doutor pela Universidade de São Paulo (USP), onde concluiu o pós-doutoramento. O novo ministro também é graduado em Filosofia pela USP.
Almeida é pesquisador do programa de pós-doutorado da Faculdade de Economia da USP, professor de graduação e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Direito Político e Econômico da Faculdade de Direito do Mackenzie.
Além disso, é presidente do Instituto Luiz Gama, uma associação civil sem fins lucrativos formada por acadêmicos, juristas e militantes de movimentos sociais que atua na defesa das causas populares, com ênfase nas questões sobre negros, minorias e direitos humanos.
Lula indicou também o procurador Jorge Messias para comandar a Advocacia-Geral da União (AGU). Ele, que integra o GT de transparência, integridade e controle da transição, já foi subchefe para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência no governo de Dilma. O ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e advogado Vinícius Marques de Carvalho foi o escolhido para comandar a Controladoria-Geral da União (CGU).
Veja os nomes anunciados nesta quinta-feira (22):
Alexandre Padilha (Relações Institucionais);
Márcio Macedo (Secretaria-Geral);
Jorge Messias (Advocacia-Geral da União)
Nísia Trindade (Saúde);
Camilo Santana (Educação);
Esther Dweck (Gestão);
Márcio França (Portos e Aeroportos);
Luciana Santos (Ciência e Tecnologia);
Cida Gonçalves (Mulheres);
Wellington Dias (Desenvolvimento Social);
Margareth Menezes (Cultura) – já havia sido anunciada;
Luiz Marinho (Trabalho);
Anielle Franco (Igualdade Racial);
Silvio Almeida (Direitos Humanos);
Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio);
Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União).