O pé diabético está entre as complicações que mais geram amputação do membro inferior atualmente no Brasil. Segundo dados do sistema Datasus, do Ministério da Saúde, só em 2021, foram registrados 29.142 procedimentos com essa finalidade no país. Além disso, esse diagnóstico é dado para cerca de 34% de pacientes diabéticos e oferece risco de óbito 5 vezes maior em relação a diabéticos que não foram afetados por esse quadro.
O pé diabético é uma complicação do diabetes caracterizada por uma ferida (úlcera) nos membros inferiores agravada por uma infecção, para medicina problema chamado neuropatia. Essa situação causa um prejuízo aos nervos, resultando em deformações nos ossos e nos músculos dos pés e na redução da sensibilidade da pele, ocasionando um trauma no tecido dos pés. Esse problema é devido o paciente perder parte de sua capacidade de sentir dor, levando a um alto risco de amputação.
No dia 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, data que chama atenção para os cuidados e prevenção da doença. O coordenador do curso de Enfermagem da Estácio Feira de Santana, Alan Bonfim, destaca a importância de o paciente com diabetes entender a doença e compreender seus riscos, para assim cuidar do corpo e evitar que ocorram complicações, a exemplo do pé diabético.
“É importante ter essa consciência para evitar as complicações que o pé diabético pode causar. Pacientes com essa complicação podem ser impactados de maneira extrema, ficando de cadeira de rodas ou até acamado, diminuindo a qualidade de vida do paciente. Além disso, a autoestima também pode ficar abalada”, afirmou o enfermeiro Alan Bonfim.
O enfermeiro destaca alguns cuidados importantes na prevenção do pé diabético: “A pessoa deve ter o controle da glicemia constante; lavar os pés e secá-los bem, além de realizar a hidratação; usar sapatos adequados para não ferir os pés; ter cuidado ao fazer as unhas dos pés, além de ter uma boa dieta e realizar atividades físicas, como caminhada”, destacou.