O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu nesta terça-feira (2), por meio das redes sociais, uma acusação feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) de que ele, enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria interferido diretamente para não aprovar o voto impresso. Em entrevista à Rádio Guaíba, mais cedo, Bolsonaro afirmou que o ministro é um “criminoso” por ter articulado, no ano passado, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que instituía o voto no formato impresso.
“Mentir precisa voltar a ser errado de novo. Comparei à Câmara dos Deputados, como presidente do TSE, para debater o voto impresso, atendendo a TRÊS CONVITES OFICIAIS. E foi a própria Câmara que derrotou a proposta de retrocesso. Mas sempre haverá maus perdedores”, escreveu Barroso no Twitter.
Em agosto de 2021, a PEC foi rejeitada, com 229 votos a favor, 218 contra e uma abstenção. São necessários ao menos 308 votos para alterar a Constituição. O texto da proposta que incluía o voto impresso foi arquivado.
“Interferência direta do Barroso dentro do Congresso Nacional para não aprovar o voto impresso. Interferência política, isso é crime previsto na Constituição. O Barroso é um criminoso”, disse Bolsonaro na entrevista.