Em julho, 36% das famílias de Salvador afirmavam haver segurança quanto à manutenção dos empregos, contra 25,1% de um ano atrás. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (1º), pela Federação do Comércio (Fecomércio-BA). De acordo com a entidade, a confiança maior na preservação do trabalho fez o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subir pelo 3º mês seguido.
O ICF varia de 0 a 200 pontos. Abaixo de 100 pontos é considerado um nível de insatisfação com as condições econômicas. Já acima de 100 pontos a avaliação é de satisfação. No mês passado, o indicador foi aos 87,1 pontos – alta de 2,1% na comparação mensal e 15,6% no contraponto anual.
“Em termos percentual de respostas, 54,9% das famílias dizem que deve haver uma melhoria profissional para o responsável do domicílio nos próximos 6 meses. Em julho do ano passado, o percentual foi de 33,6%”, ressalta o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze. “O item Emprego Atual, por exemplo, cresceu 2,8% ao passar de 110,9 pontos em junho para os 114 pontos de julho”.
A Fecomércio-BA acrescenta que outra alta importante no ICF de julho foi o item Acesso a Crédito, que subiu 3,6% e foi aos 85 pontos. Contudo, o item Momento para Duráveis mostra que a maioria das famílias de Salvador considera um mau momento para compras de bens como geladeira, fogão, televisor e etc. Esse item recuou 3,8%, voltando aos 39,9 pontos. Em termos percentuais, houve 77,4% de respostas negativas.
“É compreensível que as famílias estejam focando seus gastos nos bens essenciais, sobretudo em alimentos, dado o processo inflacionário. Até porque, mesmo com mais gente empregada, a renda não tem evoluído da mesma forma, pois os preços mais altos estão corroendo esse ganho”, explicou Dietze.