Com show ao lado de Baby do Brasil neste sábado (23), na Concha Acústica, em Salvador, o cantor, compositor e instrumentista baiano Pepeu Gomes comentou o cenário musical do Brasil na atualidade e não se mostrou muito animado com a nova cena.
Em entrevista à revista Quem, ao ser questionado sobre sua visão a respeito da diva pop Anitta, ele disse não ter interesse e não escutar as músicas da cantora, embora respeite o trabalho dela. “Nada contra, nada a favor, não me acrescenta nada. Respeito tudo. Na praia dela, é uma artista que venceu, que está vencendo a grande batalha que é ser artista no Brasil”, disse Pepeu, contanto que prefere continuar curtindo os ídolos do passado, a exemplo de Jimmy Hendrix, Ella Fitzgerald, Jamiroquai e Arnaldo Antunes.
“Escuto aquilo que sempre gostei, e que me traz um saudosismo sadio. Isso é meio normal. Eu sempre briguei para que a gente fizesse músicas que fossem eternas. Preta Pretinha fez 50 anos agora e continua viva. A música do Brasil não anda bem das pernas, porque estão tomando um rumo onde só se mostra bunda, as músicas só com dois acordes…”, pontuou o guitarrista e integrante dos Novos Baianos.
Se a nova geração da música desaponta Pepeu Gomes, do ponto de vista das políticas culturais ele lamentou ainda mais o atual cenário no país. “A cultura foi assassinada, a cultura foi parada, a cultura foi banida do Brasil. Um país como o nosso ficar sem um Ministério da Cultura é uma coisa muito ruim (…) Nossa cultura está no lixo, sabemos, infelizmente”, desabafou.