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Para Confederação do Comércio, PEC dos Auxílios vai impulsionar o varejo

Proposta que autoriza gasto adcional de R$ 41 bilhões foi aprovada na quarta, com voto de 36 deputados baianos

14/07/2022 10h32
Por: Redação
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Criticada por alguns analistas por trazer riscos fiscais, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 1/22 deve injetar R$ 16,3 bilhões no varejo brasileiro. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que elevou a previsão para o crescimento do setor este ano de 1,7% para 2% tendo como base os efeitos desta mudança para o varejo.

A PEC dos Auxílios, ou PEC Kamikaze, foi aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados na quarta-feira (13), contando com voto favorável de 36 dos 39 parlamentares da Bahia na casa. Agora, a proposição segue para a sanção presidencial. A avaliação é de que a matéria crie um impacto fiscal de R$ 41 bilhões.

Segundo o presidente da entidade, José Roberto Tadros, “se, por um lado, essas iniciativas prolongam pressões inflacionárias; por outro, no curto prazo, ajudam a recompor a renda das famílias, dando fôlego às vendas no varejo”.

No levantamento da CNC, o reajuste do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, o valor dobrado do auxílio gás e a criação de uma ajuda aos caminhoneiros devem movimentar R$ 5,53 bilhões no ramo de hiper, super e minimercados (R$ 5,53 bilhões). Combustíveis e lubrificantes (R$ 3,03 bilhões) e as lojas de tecidos, vestuário e calçados (R$ 2,32 bilhões) também seriam os mais beneficiados pela aprovação total da PEC.

O economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, ressalta, porém, que “essa movimentação pode provocar impacto negativo sobre as vendas no médio prazo, especialmente em decorrência do prolongamento do aperto monetário”. O economista explica que, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em agosto de 2022, espera-se a elevação da taxa de juros em 0,5 ponto percentual, levando a Selic para 13,75% ao ano, o que deverá contribuir para o avanço do custo do crédito aos tomadores.

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