A Vigilância Sanitária do município de Feira de Santana, com apoio da Guarda Municipal e da Polícia Civil, interditou na manhã desta quarta-feira (22), uma farmácia localizada na Rua Papa João XXIII.
Os fiscais encontraram medicamentos que são de uso exclusivo da Secretaria Municipal de Saúde, e que não deveriam estar sendo comercializados.
O secretário de Saúde, Marcelo Britto, estava acompanhando a ação. Em entrevista ao site Acorda Cidade, ele explicou que o desvio dos medicamentos foi comprovado através de uma denúncia que chegou à Vigilância Sanitária.
“Nós identificamos estes desvios de medicações que estavam em nosso almoxarifado e sendo comercializados em uma farmácia da rede privada. Houve uma denúncia inicialmente, anexaram uma nota fiscal, comprovando que a medicação tinha sido vendida, e fazia parte do lote que é disponibilizado pela Secretaria. São antibióticos, já identificamos aqui cerca de quatro medicações, e por isso, solicitamos este apoio da Guarda Municipal, além da Polícia Civil, porque se trata de um desvio, mas também pode ser considerado como um furto”, explicou.
De acordo com o secretário, uma sindicância interna será aberta para apurar como as medicações foram enviadas para a farmácia.
“Precisamos agora, apurar como estes medicamentos foram desviados do nosso almoxarifado para esta unidade. Neste momento, a Vigilância Sanitária está interditando o estabelecimento de forma oficial, ela não pode ser reaberta, até que a gente possa apurar tudo isso. Não podemos descartar nenhuma hipótese, mas algo é fato, que toda essa medicação que foi recolhida, não deveria estar aqui. Deveria estar em nosso almoxarifado central ou em uma unidade de saúde, pois este lote, deve ser fornecido de forma gratuita para a população, e não comercializada”, contou.
Ainda segundo Marcelo Britto, no momento da fiscalização, outras irregularidades foram encontradas na farmácia.
“Essa farmácia já está interditada, mas encontramos também outras irregularidades técnicas que devem ser cumpridas, a exemplo de que não tinha alvará de funcionamento, não tinha farmacêutico de plantão, então, estas são outras situações que devem ser esclarecidas pelo proprietário. Todos os envolvidos estão sendo conduzidos neste momento para a Delegacia de Repressão à Furtos e Roubos (DRFR), e na sequência, iremos abrir a sindicância para apurar como houve este desvio”, concluiu.