Salvador é a capital mais insegura para os LGBTQIA+ e a Bahia, o segundo estado com maior número de mortes da mesma população. Segundo relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) entre janeiro e agosto de 2021, o Brasil registrou 207 casos de mortes envolvendo LGBTQIA+ (187 assassinatos e 18 suicídios), sendo 32 (10,7%) delas na Bahia, atrás apenas de São Paulo com 42.
No ano todo foram 300 mortes violentas, um crescimento de 8% em relação a 2020, quando foram registrados 276 homicídios. Salvador foi a capital mais perigosa em 2021, com 12 mortes em aproximadamente 3 milhões de habitantes, seguida por São Paulo, com 10 homicídios em cerca de 12 milhões. Proporcionalmente, o risco de um soteropolitano é 75% maior que o de um paulista.
Nas últimas quatro décadas, os gays são o grupo mais atingido pela violência letal e, em 2021, os homens gays corresponderam a 51% do número de mortes, com 153 ocorrências, seguidos das travestis e transexuais com 110 casos (36,67%), lésbicas com 12 casos (4%), bissexuais e homens trans 4 casos (1,33%). Quanto à cor das vítimas de mortes violentas, 28% eram brancas, 25% pardas, 16% pretas e uma indígena. No tocante à idade, a vítima mais jovem foi uma travesti de 13 anos e o mais velho, um gay de 76 anos. 47% dos LGBT estavam entre 20-39 anos.