Em mais um capítulo da crise no Ministério da Educação (MEC), gestores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado à pasta, propõem repetir perguntas de edições anteriores no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022. Um dos motivos é a escassez do Banco Nacional de Itens (BNI), que reúne questões aprovadas para o exame.
“Considerando a possibilidade de reutilizar 4.680 itens, que foram aplicados para milhões de candidatos nas edições realizadas no Enem, não haverá a necessidade de executar novos pré-testes para viabilizar as edições 2022 e 2023”, diz o documento interno, ao qual o UOL teve acesso. A minuta do edital, com essa sugestão, já foi enviada ao presidente do Inep, Danilo Dupas.
A proposta é assinada por novos coordenadores e diretores do órgão: Robério Alves Teixeira, coordenador-geral de Instrumentos e Medidas, Michele Cristina Silva Melo, diretora de Avaliação da Educação Básica, Ricardo Freitas da Silva, coordenador-geral de Desenvolvimento da Aplicação e Jôfran Lima Roseno, diretor de Gestão e Planejamento.
Os quatro entraram após a pior crise do Inep, em novembro do ano passado, quando dezenas de servidores pediram exoneração de seus cargos com o objetivo de pressionar a saída de Dupas. Ele, no entanto, continua no cargo.