Grupos de policiais civis do Estado da Bahia iniciam, nesta quinta-feira (3), uma nova paralisação de 24 horas. No último dia 27 de janeiro aconteceu o primeiro dia da manifestação.
Paralisação ocorre para reivindicar reajuste nos salários, plano de carreira e a exigência do passaporte da vacinação atualizado para aqueles que utilizem serviços nas delegacias.
Durante a paralisação de 24 horas só serão realizados os flagrantes e levantamentos cadavéricos. Os demais serviços, a exemplo do registro de ocorrências, diligências, operações e cumprimento de prisões estarão suspensos.
Ao bahia.ba, o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (SINDPOC) informou que esse ato é continuidade do ato da última quinta-feira (27). Segundo a associação, a ideia é que a manifestação seja semanal e que toda quinta-feira aconteça uma paralisação de 24 horas.
O presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes, comentou sobre o segundo dia de paralisação, realizado em sete dias, e lamentou a falta de diálogo por parte do Governo do Estado.
“Pela segunda semana os policiais civis realizam essa paralisação de 24h, reivindicando o salário de nível superior e reestruturação da carreira. Também denunciando a insegurança, pois já temos dito há algum tempo que no quesito segurança o Governo do Estado jogou a toalha. Infelizmente o governo de forma intransigente tem evitado conversar com os policiais civis da Bahia, fato esse extremamente lamentável”, declarou Lopes.
Por meio de uma nota, a Polícia Civil do estado reforçou que segurança pública é serviço essencial e ressalta que, apesar de não existir proibição expressa na Constituição Federal ao exercício do direito de greve por parte de policiais civis, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em 2017, que a vedação de greve a policiais militares, bombeiros e militares das Forças Armadas se estende a eles.
A Civil afirmou ainda que o funcionamento de delegacias segue normalmente. Outra opção permanente para os registros é a Delegacia Virtual, onde 15 tipos de ocorrências podem ser registradas.