A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulgou neste sábado (6) um comunicado com o objetivo de esclarecer questões relacionadas à linha de distribuição atingida pela aeronave que transportava a cantora sertaneja Marília Mendonça até Caratinga (MG). O contato teria ocorrido antes da queda, segundo informou a própria estatal mineira ontem (5) após o acidente.
“A linha de distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ, no trágico acidente de ontem, está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Comando da Aeronáutica Brasileiro. Reiteramos que a Cemig segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos. As investigações das autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente. A Companhia novamente lamenta esse trágico incidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas”, diz o texto divulgado hoje.
Os cinco tripulantes da aeronave morreram. Além de Marília Mendonça, viajavam seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, seu produtor Henrique Ribeiro, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o co-piloto Tarciso Pessoa Viana. O avião bimotor de pequeno porte, do modelo Beech Aircraft, caiu nas pedras de uma cachoeira no distrito de Piedade de Caratinga, no município de Caratinga. O velório da artista ocorre nesta tarde (6), em Goiânia. São esperados cerca de 100 mil fãs.
Hoje, mais cedo, o policial civil e delegado regional de Caratinga, Ivan Sales, comentou as informações divulgadas pela Cemig. Ele pontuou que, morando há 28 anos na cidade, não tem conhecimento de reclamações sobre problemas com a fiação elétrica. “Nunca ouvi nenhum comentário de piloto amigo ou de proprietário de avião nesse sentido. O que eu sei e podemos afirmar é que o aeroporto não é balizar, então, por isso, não opera em horário noturno e com condições climáticas não favoráveis.”