Ainda em entrevista ao Programa Altos Papos, da Princesa FM, a Ministra Damares Alves falou sobre a violência contra crianças a adolescentes, segundo ela, o número de denúncias caiu em 2020, porém, pode preocupar agora em 2021, com o retorno do ano letivo.
“No ano de 2020, caiu o número de denúncias de violência contra a criança”. Não diminuiu a violência e sim a denúncia, isso porque as crianças não estavam na escola e quem mais denuncia esse tipo de violência são os professores, é a escola, a creche, mas, em 2021 já houve uma recuperação e aumentou um número considerável. Com a volta às aulas é possível que a gente descubra muita coisa, principalmente as crianças que passaram por violência neste lockdown, teremos que fazer esta leitura e uma intervenção não só na punição do agressor, mas nos cuidados com estas crianças para que não sofram mais”, disse Damares.
A Ministra também falou sobre os cuidados da pasta com a comunidade LGBTQI+. Damares afirmou que o Ministério tem uma equipe exclusiva que recebe as denúncias e enfrenta junto com os órgãos estaduais no combate ao preconceito. “A violência, seja em qualquer segmento, tem que nos causar preocupação e indignação e uma tomada de postura, a gente sabe que a questão da homofobia tem diminuído, os nossos canais têm mostrado isso, mas a gente tem registro de assassinatos de transexuais, e temos que fazer esse enfrentamento e estamos fazendo com muita firmeza no Ministério. Ele trabalha na proteção da comunidade LGBT e nós temos aqui uma diretoria nacional para trabalhar com este tema que faz a interlocução com órgãos estaduais. Não temos medo de fazer isso, estamos enfrentando este tema, é um segmento que por muito tempo no Brasil não foi cuidado como deveria. Temos um canal que também é para o segmento, que é o disque 100, temos o WhatsApp, que nos ajuda a tomar uma medida protetiva, que é o 061 99656-5008, nós garantimos total anonimato. Não podemos nos omitir ao saber que alguém sofre qualquer tipo de violência”, afirmou ela.
Damares também criticou a atuação de senadores na CPI da Covid em relação aos interrogatórios de mulheres que estão sendo convidadas a depor. “A atuação de alguns senadores diante dos depoimentos de algumas mulheres têm sido desprezíveis, reprováveis e repugnantes e a gente não pode permitir que uma situação dessa aconteça porque uma mulher tem uma defesa ideológica diferente da deles, nenhuma mulher pode ser constrangida, humilhada, da forma como algumas delas foram só porque têm uma tendência conservadora ou porque apoiam o atual governo. As mulheres precisam ser respeitadas, o que aconteceu ali foi repugnante, instituições do Brasil inteiro foram contrários ao que aconteceu, queremos respeito ao tratamento com a mulher”, concluiu.