Poucos dias após o marco de um ano da pandemia do novo coronavírus, Marco Antonio La Porta, chefe da missão brasileira em Tóquio 2020, avaliou os desafios da delegação brasileira para os Jogos. Em participação no podcast Rodada Tripla, ele destacou o impacto da crise nos esportes olímpicos. O episódio também aborda os reflexos da pandemia no futebol, com participação de Martín Fernandez.
Com medidas mais restritivas pelo Brasil, que vive o pior momento da crise, há uma preocupação referente à rotina de treinos da delegação. La Porta analisa a possibilidade de reeditar a "Missão Europa", que levou 238 atletas brasileiros de 24 modalidades para um período de treinos no exterior no segundo semestre de 2020.
- Não podemos mais errar, não há espaço. (...) O que temos passado de orientação é: quem está fora do Brasil, fique fora. Para aqueles que vão chegar ou estão no Brasil sem condições de treinar, daremos um jeito de reativar a Missão Europa. Não temos mais a facilidade de entrar como tivemos ano passado, os países não estão aceitando voos do Brasil. Estamos montando uma logística de aeroportos para tentar fechar essa equação e levar o atleta para um lugar seguro - afirma.
Como revelado pelo presidente do COI, Thomas Bach, a China ofereceu vacinas aos atletas que irão disputar os Jogos. Segundo La Porta, o COB aguarda mais detalhes operacionais do plano, mas prevalece a ideia de que atletas não "furem fila".
- Pelo que eles passaram, a ideia (da China) é vacinar a delegação e fornecer ao país o mesmo número de vacinas dado à delegação, como se fosse uma compensação. Só vão atender os países que recebem a Coronavac. Estamos de stand-by. O que nos dá muita tranquilidade é saber que o COI já disse que a vacina não será obrigatória para a participação nos Jogos - completa o chefe da missão brasileira.